9 de fevereiro de 2016

Livro: Steve Jobs

Quem nunca ouviu falar da Apple ou não desejou ter um IPhone no bolso?! Eu me lembro a primeira vez que tive o meu, era o 3gs, a muitos anos atrás e o vício começou ai. Depois que saiu o 4 eu tive que comprar e quando saiu o IPad 02, fiz um acordo com meu antigo chefe: vendi os 30 dias das minhas férias para comprar o meu. Eu era a doida dos produtos da Apple e queria de todo jeito acompanhar cada produto que chegava (primeiro emprego, sem dívidas, influenciada - sabe como é). Mas por trás dos produtos que eu sempre amei e desejei, tinha uma pessoa chamada Steve Jobs, co-fundador da Apple e dono de uma história íncrivel que eu quero contar.


Steven Paul Jobs é filho adotivo de um mecânico e uma guarda livros. Foi abandonado pelos pais assim que nasceu, sendo adotado por Paul e Clara Jobs. Aprendeu a ler em casa com a mãe antes mesmo de ir  à escola e quando começou frequentar a escola percebeu de imediato que não gostava de se submeter a autoridades e nem se importava em ouvir coisas que já sabia. Desde cedo percebia-se que tinha algo de diferente dos outros, era bastante intelectual e se metia em encrencas o tempo todo por não se interessar pelo que a escola ensinava. O jeito de resolver os problemas era suborná-lo e desafiá-lo a fazer as tarefas.
Quando estava no primeiro ano da faculdade tornou-se vegetariano e depois passou a comer apenas frutas e legumes sem amido, pois achava que aquilo que ele comia o corpo expelia e ele não tinha necessidade de tomar banho (imagine o cheiro). Largou a faculdade ao perceber que era obrigado a cumprir as grades de aula - regras não era de seu feitio - o que queria era frequentar as aulas que o convinha, então decidiu abandonar e fazer uns cursos que o interessava, entre eles caligrafia. Tornou-se também amante da meditação, zen-budismo, rock e umas drogas, entre elas o LSD.

 "O LSD  reforçou minha noção do que era importante - criar grandes coisas em vez de ganhar dinheiro, pôr as coisas de volta no fluxo da história e da consciência humana, tanto quanto eu pudesse." - Página 60.



Embora gostasse de trabalhar, ele era uma pessoa dificil de lidar e em uma das empresas que trabalhou (Atari) nem os funcionárioas o aguentavam, tanto pela arrogância quanto pelo cheiro que era insuportável. O que salvava era que o que ele tinha de fedido, tinha de inteligente e amante da tecnologia, isso bastava para o dono da empresa.
Jobs sempre se interessou por tecnologia e queria ter seu próprio negócio, então com persistência e força de vontade da garagem de sua casa em Polo Alto saiu a conhecida Apple Computer, com muita gente, inclusive seu pai, ajudando de alguma forma. O nome da empresa foi ideia dele mesmo. O motivo? Estava numa dieta de frutas e tinha acabado de voltar de uma fazenda de maças, então por que não chamar a empresa de maça? A partir dai nasceu a Apple. O mais engraçado era que para ele o importante não era ganhar dinheiro e sim fazer uma empresa que durasse a vida toda.
A Apple foi crescendo muito, os produtos foram surgindo conforme o tempo, uns deram certo, outros nem tanto. Jobs era uma pessoa extremamente detalhista, arrogante e insuportável, mas ninguém poderia negar que era brilhante. Não era ele quem montava tudo, a ideia era sua, ele planejava, mas os funcionários que montavam e apresentavam a ele que dava a palavra final. Com o passar do tempo as encrencas foram crescendo, o gênio de Jobs era forte e ele foi expulso da própria empresa - só depois de muitos anos (quando a empresa estava em um de seus piores momentos) ele volta a Apple sem aceitar receber salário algum, com o desejo de re-ergue-lá e transformando-a na grande empresa que é hoje, com todo seu design, qualidade e sofisticação.
Jobs além de empresário era esposo e pai de quatro filhos, entre eles Lisa (nome de um de seus primeiros produtos) uma filha por um bom tempo despresada, fruto de um relacionamento com uma namorada quando era bem novo. Ele foi um homem focado em seus ideais até o último momento de sua vida, o que o dificultava de ter uma vida afetiva com a esposa e até mesmo com os filhos. Era louco pelo que fazia e dava seu sangue por aquilo, o que não o impediu de reconhecer todas suas falhas no fim da vida, sendo assim que procurou Walter Isaacson para escrever sua biografia afim de que seus filhos conhecessem quem ele era de verdade, de onde veio e o motivo de sua ausência, com todos os envolvidos - sendo os amigos ou não - dando depoimentos (entre eles Bill Gates) e não do que os outros através do que achavam dele diriam após sua morte.

 "Lembrar que vou morrer logo é a ferramenta mais importante que encontrei para me ajudar nas grandes escolhas da vida. Porque quase tudo - todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo do fracasso ou dificuldade - simplesmente desaparece diante da morte, deixando apenas o que realmente importa " - Página 475



O livro é bem detalhista e se eu fosse contar tudo daria um resumo enorme, então me limitei. Confesso ter sido uma das melhores biografias que li na vida e uma das resenhas mais difíceis de escrever, uma porque não queria dar mais spoilers e outra porque o livro é tão bom que nenhuma palavra aqui resumiria o que ele significa. Fiquei contente em descobrir de onde saiu e como foi feito meu celular e toda essa tecnologia que acho demais. O cara era um pé no saco, arrogante, desprezava o que não era perfeito ao ver dele, mas era um homem de um coração grande que lutou até o fim pelo que acreditava. Queria falar mais, dar mais detalhes mas se eu fizesse isso perderia a graça da coisa, então me limito a dizer apenas uma frase: O cara era um gênio, leiam o livro dele.


Editora: Cia das Letras
Número de páginas: 607
Autor: Walter Isaacson
Classificação: ♥♥♥♥♥ (Excelente)
Meu Skoob

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