26 de maio de 2016

Livro: Casados com Paris

Comprei esse livro numa “feira de livros” que abriu perto do meu trabalho - eu estava na minha fase de só querer ler, assistir, comprar e saber sobre Paris (quem nunca?) e sinceramente achei que o livro era uma coisa, mas na verdade era totalmente diferente e não menos inspirador. A história se passa na Paris dos anos 20 e conta a biográfia fictícia e amorosa de um escritor muito conhecido, antes de se tornar de fato um escritor. Vem comigo?!


Sabe o Ernest Hemingway? Escritor de “O velho e o mar” e tantos outros livros? Então! Essa é uma biografia fictícia sobre ele, através do ponto de vista da sua primeira esposa (ele teve quatro), Headley, mais conhecida como a esposa dos anos 20. Nesse livro conhecemos o escritor no alvo da sua juventude, quando ainda era pobre e estava dando duro para construir sua carreira, sem saber se de fato conseguiria chegar a algum lugar como escritor.

O livro é um romance de época, que conta o começo da história de Hemigway e seu romance com Headley. Começamos sabendo como eles se conheceram e a incerteza da mulher em saber se ele de fato quer algo sério com ela. Após resolverem se casar, ele volta para Europa (Paris ) com a esposa e começa sua luta para se tornar um grande escritor. Hemigway e Headley eram totalmente diferentes, ela sendo uma moça do interior dos EUA, totalmente recatada, simples, apaixonada e insegura, de repente se vê em Paris, em plena “Geração perdida”, com muitos artistas liberais circulando por ela e influênciando seu esposo que do contrário, gostava de ser o centro das atenções e as vezes era um tanto quanto rude.

Uma das melhores coisas de Paris era voltar depois de ter ido embora” - Página 8

O começo do relacionamento era intenso, uma esposa apaixonada disposta a fazer tudo para o esposo para construirem uma linda família, mas que por um momento sente as coisas piorando a cada dia mais. Headley não tinha ninguém além dele e ele tinha o mundo todo em Paris. A vida que eles levavam não era luxuosa, era suada, mas Headley o tinha e isso bastava, diferente dele que só o amor dela talvez não fosse o suficiente, ele queria mais dentro de sua intensidade e talvez esse mais tenha contribuído para tudo o que ele viveu a seguir. Fidelidade, casamento, traição, ambições e carreira são pontos chaves da história que se lê. O começo de tudo da vida de Hemigway. O antes, que talvez não conheciamos, do ponto de vista de alguém que mais o compreendeu e torceu por sua felicidade, mas que não conseguiu fazer parte dela.

Mas, no fim, lutar por um amor que já se foi é como tentar viver nas ruínas de uma cidade perdida.” Página 325


Paris dos anos 20 (após ler o livro), me parece a época mais interessante de se viver. Conhecida como a “geração perdida” por Gertrude Stein, pois nessa época estavam na França os artistas que utilizavam o país como refúgio da primeira guerra mundial para manifestar sua criatividade. Imagine você indo tomar uma café na esquina e encontra ninguém menos que James Joyce escrevendo Ulisses, bem na sua frente?! Ou então Picasso em algum lugar por ai?! Melhor época Grandes escritores como Hemigway estavam nessa época e sua história é intensa, tanto pelos seus relacionamnentos até mesmo o fim de sua vida. Para quem gosta de um romance de época, curte a “geração perdida” e quer saber mais sobre esse escritor, de outro ponto de vista, precisa realmente ler esse livro. Tenho para mim que Headley foi aquela mulher apaixonada que foi até onde deu, por amor – uma pena que talvez não tenha sido suficiente, embora só eles soubessem a intensidade de tudo que viveram e sentiam.

Para mim, era às vezes doloroso saber que, para aqueles que acompanharam sua vida com interesse, eu era apenas a primeira esposa, a esposa de Paris” 328

Editora: Nova Fronteira
Número de páginas: 335
Autor: Paula Mclain
Classificação: ♥♥♥♥♥ (Bom)
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